CAIXA PARA ABELHA JATAI MODELO JCW 11
COLMÉIA PARA ABELHA JATAI MODELO JCW 11
Tetragonisca angustula angustula (Holmberg).
MODELO: J C W 11.
O presente artigo tem como finalidade colaborar com os iniciantes e criadores mais experientes na
criação das abelhas jataí (ASF) utilizando a colméia perfeita, para o manejo racional e simplificado.
Aguardei vários anos para divulgar, esperava a qualidade de sua funcionabilidade.
VÍDEO SOBRE ESTA COLMEIA:
https://www.youtube.com/watch?v=33pZ9l33j7E
Esta colméia foi desenvolvida e padronizada as suas medidas após vários anos de estudos e avaliação de resultados, os experimentos foram efetuados especificamente com a abelha jataí, todos os enxames alojados neste modelo, apresentaram desenvolvimento acima da média esperado, em 2008 alojamos seis enxame, 2009 quinze, 2010 vinte e um, 2012 trinta e quatro, em 2013 cinqüenta e oito enxames.
O modelo apresentado atende todos os requisitos para criação racional da abelha jataí, atende as necessidades das abelhas e também do meliponiocultor, principalmente no manejo para colheita do mel e para efetuar as divisões de colônias.
NECESSIDADES DAS ABELHAS:
Atende as necessidades básicas e essências para a desenvoltura e crescimento do ninho, apresentando um espaço interno adequado para esta espécie de abelha.
Os potes de alimentos ficam armazenados nas melgueiras, uma de cada lado da câmera de crias (ninho), facilitando a busca e o deposito do alimento pelas abelhas.
NECESSIDADES DO MELIPONICULTOR:
Permite uma criação em grande escala, 100, 200, 500, 1000 colméias, apresenta uma facilidade na colheita do mel e nas divisões artificiais de colônias.
Para colheita do mel, retira as melgueiras e em seguida coloca as tampas da caixa, fechando o espaço de circulação das abelhas do ninho para as melgueiras, não tendo necessidade de usar outro material. Perfura os potes de mel e vira rapidamente em cima de uma tela bem fina acoplado a um vasilhame devidamente higienizado, após 10 minutos, retornar as melgueiras nas colméias, os potes de mel estão danificados, mas não destruídos, este procedimento de colheita, denomino, colheita por gravidade.
Antes de perfurar os potes de mel, retira as abelhas que ainda estão sobre eles, com um espanador ou um pequeno ventilador, com este procedimento impede a mortalidade das abelhas que ocorre na colheita tradicional, que é, retirar os copos de mel com auxilio de uma colher, a qual causa grande mortalidades de abelhas, diminuindo drasticamente o número de campeiras em atividades, normalmente são estas que tentam proteger o seu mel do intruso.
Se eventualmente tiver copos de pólen nas melgueiras, estes não devem ser perfurados, perfura apenas os copos de mel, o pólen será retornado posteriormente intacto a colméia.
Colher o mel da abelha jataí através de bomba aspiradora é inviável, os potes de mel são muito pequenos e se aspira mais ar do que o mel.
Este modelo de melgueiras permite extrair o mel sem contato manual, tornando uma colheita higiênica, podendo ser adaptadas a uma centrífuga para uma colheita em grande escala. Neste manejo de colheita não é destruído os potes de mel, as abelhas reaproveitam a cera dos potes danificados, e reconstroem novamente, economizando tempo e material, dependendo das floradas e possível 2 a 3 colheitas de mel por verão.
Outro detalhe importante é o pequeno contato físico das melgueiras com o ninho, não permitindo grande propolização pelas abelhas, o qual normalmente dificulta a deslocação das melgueiras da estrutura da câmera de crias, neste modelo de colméia este empecilho não acontece.
Nas multiplicações (Divisões de colônias), e possível de imediato transferir uma melgueira com alimento, mel e pólen, para a nova colônia que esta sendo manipulada, não sendo necessário fazer alimentação artificial posteriormente.
Facilita também a localização da realeira, esta colméia não apresenta várias alças ou módulos de ninhos, ela pode estar na câmera de crias 01 ou na câmera de crias 02, se estiver na câmera de crias 01(ninho) adiciona a câmera de crias 02 (sobre-ninho) e uma melgueira vasia, transfere da colméia mãe uma melgueira com alimento.
É uma colméia muito prática, simplifica o manejo, também e possível fazer multiplicação por indução de rainha princesa, para isto, acrescenta uma câmera de crias (módulo extra) em cima da câmera de crias 01(ninho) e os procedimentos para a multiplicação por indução.
O manejo nas revisões é simplificado, e não perturba as abelhas, na revisão das melgueiras, tira as tampas das melgueiras, não interferindo no ninho, na revisão do ninho, destampa só o ninho sem interferir ou danificar o conteúdo das melgueiras.
MEDIDAS EXTERNAS.
COMPRIMENTO TOTAL DA COLMÉIA= 48 Centímetros.
CÂMERA (01) E CÂMERA (02).
Comprimento = 16 cm
Largura = 16 cm
Profundidade interna = 5 cm
Profundidade externa = 6 cm
Espessura do fundo = 1 cm
Orifício = 12 mm
MELGUEIRAS:
Comprimento = 16 cm
Largura = 16 cm
Profundidade interna = 5 cm
Profundidade externa = 6 cm
Espessura do fundo = 1 cm
PLATAFORMA:
Espessura = 2 cm
Comprimento = 48 cm
Largura = 16 cm
BASE DE FIXAÇÃO:
Espessura = 1 cm
Comprimento = 48 cm
Altura = 6 cm
MADEIRA USADA:
Pinheiro araucária.
Pode ser usada madeira de pinus não tratada com produtos anti-fungos.
Pintura: Somente externa.
Não pintar em volta do oríficio.
O grande diferencial desta colméia esta na plataforma que serve de base para fixação e manejo das câmeras de crias e das melgueiras, também permite acrescentar mais um conjunto de melgueiras e câmera de crias (ninho e sobre ninho).
Alterando suas medidas, podem ser alojados outros tipos de abelhas, com a mesma funcionalidade e praticidade.
É simples a sua fabricação, as medidas são idênticas facilitando os cortes.
AUTOR:
José Carlos Wegrzinoski
www.josecarlosjatai@gmail.com
Pesquisador e Proprietário dos Meliponários ‘Abelhas do Sul’:
Criador de abelhas nativas desde 1989.
https://meliponarioabelhasdosul.webnode.com.pt/
